Birds on the Wires
Birds on the Wires
(Necessário estar utilizando banda larga!) |
“Música criada a partir de uma foto de pássaros pousados nos fios elétricos, que lembrava uma pauta musical”LIndo !! Perceba a sonoridade, os músicos, os instrumentos, a poesia existente na música ! Que é vida ! |
Música e o Cérebro
Eros e Psique
“Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
Do além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino –
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.
E,inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão , e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.”
Fernando Pessoa
Poeme-se (Camisetas)
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Singularidade o Alumbramento
Abriu-se um espaço no tempo
abriu-se um tempo no espaço
deu-se um silêncio no vento
deu-se inequívoco passo
O espaço de tempo que é tempo
bem antes de se espaço
expandiu um ponto lento
pulsando tornou-se “eu faço”
e fez-se o universo imenso
e fez-se o calor do abraço
Eduardo Tornaghi

Sankhara
Sankhara ( Pali ; Devanagari : सङ्खार) ou samskara ( sânscrito ; Devanagari: संस्कार) é um termo figurar com destaque no ensino do Buda . A palavra significa “aquilo que tem sido posta em conjunto” e “o que coloca juntos”.
No primeiro sentido (passiva), sankhara refere-se a fenômenos condicionados em geral, mas especificamente a todas as “disposições” mentais. [1] Estes são chamados de “as formações ‘tanto porque eles são formados como resultado da vontade e porque são causas para a surgimento de futuras ações volitivas. [2] traduções em inglês para Sankhara no primeiro sentido da palavra incluir “as coisas condicionadas, ‘ [3] ‘determinações,’ [4] “fabricações” [5] e “formações” (ou, particularmente quando se refere a processos mentais ‘, as formações “). [6]
Na segunda (ativo) sentido da palavra, Sankhara se refere a essa faculdade do aparelho mente / cérebro ( sankhara-khandha ), que reúne essas formações. [7]

Equanimidade
Sem aversão nem avidez por algo.
Não gera mais Samkaras de aversão ou avizez.

Limite
Havia esta placa em alguns caminhos na área do templo, para limitar onde poderíamos ou não passar. Achei interessante e fiz pra mim uma metáfora com a vida:
” Precisamos saber os nossos limites e estabelecer limites !!”

Samadhi
É a disciplina mental necessária para desenvolver o domínio sobre a própria mente. Isso é feito através de práticas. Engloba:
- vyāyāma vyāyāma (vāyāma): fazer um esforço para melhorar;
- smṛti (sati): ver as coisas como elas estão com a consciência clara da realidade presente dentro de si mesmo, sem desejo ou aversão;
- samādhi (samādhi): meditar ou concentrar-se de maneira correta.

Sila
- Eu tomo o preceito de abster-me de matar seres vivos.
- Eu tomo o preceito de abster-me de tomar o que não for dado.
- Eu tomo o preceito de abster-me de comportamento sexual impróprio.
- Eu tomo o preceito de abster-me da linguagem incorreta.
- Eu tomo o preceito de abster-me do vinho, álcool e outros embriagantes que causam a negligência.

Pañña ou Prajna
Sabedoria (Sânscrito: prajna, Pāli: paññā) |
1. Visão correta | samyag dṛṣṭi, sammā ditthi |
Enxergar a realidade como ela é, não como ela parece ser |
2. Intenção correta | samyag saṃkalpa, sammā sankappa |
Intenção de renúncia, libertação e inofensividade |

Anicca

Curso de Vipassana
Curso de Meditação Vipassana que fiz em Miguel Pereira em Fevereiro de 2015
Para saber mais sobre a meditação Vipassana, acesse o site do Dhamma Santi
Quando a música…
Quando a música rege o corpo!

Músicas-Lembranças… de uma Paixão!
Recebi um comentário em um dos posts publicados falando de lembrança… de uma paixão! Essa é uma das magias da música, trazer a nossa memória, um tempo vivido e não esquecido, lembrança plantada no jardim do coração! Paixão tem muitas definições, associações, e escolho por agora a que se traduz em Arrebatar-se = Encantar-se… e a pergunta que me vem é: Qual a trilha sonora de um Momento Encantado?
E então músicas-lembranças me chegaram como brisas suaves e frescas e me fizeram de novo sorrir…em uma vida ainda em construção, com trilhas sonoras inacabadas, é muito bom poder reviver…Grata a você Música por isso!! (Marta Mendonça)
Compartilho algumas dessas músicas-lembranças!!
Commodores – Easy
Commodores – Three Times a Lady
Barry White – Just the way you are
Michael Jackson – One Day In your Life

Compondo a Trilha Sonora da nossa Vida!
A Música quando toca nossa alma nos da cor, vida e mais amor, permanece em nós, em nossa memória, na epiderme da alma…Em nossa escuta cotidiana ao longo de nossa vida muitas músicas com seus sons, ritmos, melodias e harmonias nos tocaram, fomos felizes ou não com elas, mas com certeza fomos vivos e vibrantes! Uma das delícias de Dançar a Vida com Música é que ela é pra sempre, e estará sempre em nós e sempre será nossa parceira! Passado-Presente-Futuro não importa o tempo do verbo, ela estará sempre compondo a trilha sonora da nossa vida! E toda vez que as escutarmos e nossa alma vibrar teremos a certeza como diria o grande poeta Fernando Pessoa : “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”… Neste Post começo a compor e a compartilhar a trilha sonora da minha vida!
E quem vem primeiro a minha alma, é o maravilhoso e inigualável Emílio Santiago, dono de uma voz linda, um grave de fazer a alma tremer, um tom d’alma querer amar, uma melodia na voz que traz sorriso nos lábios, uma interpretação que faz transcender e transver o mundo! Comecei a Dançar minha Vida ao som das Aquarelas Brasileiras, os Boleros, Samba-Canção, Sambas, tudo se transformava em magia e belo na sua voz!! Compartilho algumas dessas pérolas de interpretação e luz ! Saudades Sempre grande Emílio Santiago!! ( Marta Mendonça )
Emílio Santiago – Flamboyant
Emílio Santiago – Misty
Emílio Santiago – Solamente una vez
Emílio Santiago – Verdade Chinesa
Emílio Santiago – Saigon
O estranho caso da vontade com o acaso
Dona da vontade tinha tudo planejado,
em seu estilo alpinista,
queria conquistar o acaso na marra,
enlaçar o cara.
E na escalada da noite foi subindo uma vontade.
Essa vontade não para!
Cheia de marra foi com tanta sede ao topo,
que o tomou foi um tapa na cara e…
GOSTOU!
Por acaso, descobri: vontade na conquista, é sadomasoquista!
E ninguém segura essa danada! Vontade quando dá, é vontade de matar!
Mas a louca calculista não contenta,
quer contar com o acaso, toda hora!
– Ô vontade se manca, com o caso não se conta!
Acaso não se guarda, nem aguarda.
Por acaso se encontra, sem procurar.
Com a faca e sem o queijo.
Acaso tem gosto de beijo,
na boca!
Deixa vontade louca!
E quando junta a fome com a vontade de comer…
Não adianta, vontade tanta,
não satisfaz.
Insaciável, sempre quer mais e mais e mais…
Mas acaso, nem cria caso.
Dizem que mora ao lado,
mas faz festa e não liga.
Acaso se esconde, não sei bem aonde.
E vontade que não é pouca, fica puta!
Se arruma veste roupa,
Fantasia com acaso
e diz que nem sem importa.
– Se acaso não lembra, nem ligo
Faço a festa e não convido!
Mas avisa o amigo,
que conta do agito, pro acaso
e traz um camarada,
que sempre arruma briga,
quando lhe derramam cerveja.
– Veja, o barraco.
Tá tudo quebrado.
Inteiro sobrou só um caco,
de acaso, que partiu…
Sem nem dizer tchau!
E vontade contrariada
Se descontrola perde a cabeça:
– Acaso coisa nenhuma!
Horas de espera para nada!
Nada acontece por acaso
Tudo depende da vontade.
É que acaso não complica com expectativa.
Por isso é tão gostoso!
Acaso se alimenta de tudo aquilo que não tenta
Dizem até que é um caso perdido
Quando você procura não acha
– Ah… vontade, relaxa! Que acaso, acontece.
E como quem não quer nada
Ela abre a porta de casa
E diz que de acaso não se corre atrás.
– Faço eu o que me dá vontade,
Se pra ele tanto faz.
Acaso se quiser, pode entrar
Eu estou pronta, não precisa nem bater!
No entanto, vontade que não é santa,
e que não adianta, não deixa de querer…
Vai dar em outro canto.
Porque sabe, que acaso, sempre vai acontecer.
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso, melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que de um pássaro sem vôos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
Antonio Cícero
O que nós vemos
O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma seqüestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

O meu olhar
O meu olhar é nítido como um girassol,
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança, se ao nascer,
Reparasse que nasceras deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo
Creio no mundo como um malmequer
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia, tenho sentidos…
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama.
Nem sabe porque ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar.
Fernando Pessoa ( Alberto Caeiro)