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Pañña  ou Prajna

Pañña ou Prajna

Sabedoria
(Sânscrito: prajna,
Pāli: paññā)
1. Visão correta samyag dṛṣṭi,
sammā ditthi
Enxergar a realidade como ela é, não como ela parece ser
2. Intenção correta samyag saṃkalpa,
sammā sankappa
Intenção de renúncia, libertação e inofensividade

 

Anicca

Anicca

Anicca (traduzido do páli, “impermanência”. Lê-se /anit-txá/.1 ) é um dos conceitos essenciais para a descrição do universo segundo o budismo ler mais…

Curso de Vipassana

Curso de Vipassana

Curso de Meditação Vipassana que fiz em Miguel Pereira em Fevereiro de 2015
Para saber mais sobre a meditação Vipassana, acesse o site do Dhamma Santi

Músicas-Lembranças… de uma Paixão!

Músicas-Lembranças… de uma Paixão!

Recebi um comentário em um dos posts publicados falando de lembrança… de uma paixão! Essa é uma das magias da música, trazer a nossa memória, um tempo vivido e não esquecido, lembrança plantada no jardim do coração! Paixão tem muitas definições, associações, e escolho por agora a que se traduz em Arrebatar-se = Encantar-se… e a pergunta que me vem é: Qual a trilha sonora de um Momento Encantado? 

E então músicas-lembranças  me chegaram como brisas suaves e frescas e me fizeram de novo sorrir…em uma vida ainda em construção, com trilhas sonoras inacabadas, é muito bom poder reviver…Grata a você Música por isso!!  (Marta Mendonça)

Compartilho algumas dessas músicas-lembranças!!

Commodores – Easy

Commodores – Three Times a Lady

Barry White – Just the way you are

Michael Jackson – One Day In your Life

 

 

 

 

Compondo a Trilha Sonora da nossa Vida!

Compondo a Trilha Sonora da nossa Vida!

A Música quando toca nossa alma nos da cor, vida e mais amor, permanece em nós, em nossa memória, na epiderme da alma…Em nossa escuta cotidiana ao longo de nossa vida muitas músicas com seus sons, ritmos, melodias e harmonias nos tocaram, fomos felizes ou não com elas, mas com certeza fomos vivos e vibrantes! Uma das delícias de Dançar a Vida com Música é que ela é pra sempre, e estará sempre em nós e sempre será nossa parceira! Passado-Presente-Futuro não importa o tempo do verbo, ela estará sempre compondo a trilha sonora da nossa vida! E toda vez que as escutarmos e nossa alma vibrar teremos a certeza como diria o grande poeta Fernando Pessoa : “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”… Neste Post começo a compor e a compartilhar a trilha sonora da minha vida!

E quem vem primeiro a minha alma, é o maravilhoso e inigualável Emílio Santiago, dono de uma voz linda, um grave de fazer a alma tremer, um tom d’alma querer amar, uma melodia na voz que traz sorriso nos lábios, uma interpretação que faz transcender e transver o mundo! Comecei a Dançar minha Vida ao som das Aquarelas Brasileiras, os Boleros, Samba-Canção, Sambas, tudo se transformava em magia e belo na sua voz!! Compartilho algumas dessas pérolas de interpretação e luz ! Saudades Sempre grande Emílio Santiago!! ( Marta Mendonça )

Emílio Santiago – Flamboyant

Emílio Santiago – Misty

Emílio Santiago – Solamente una vez

Emílio Santiago – Verdade Chinesa

Emílio Santiago – Saigon

O estranho caso da vontade com o acaso

Dona da vontade tinha tudo planejado,
em seu estilo alpinista,
queria conquistar o acaso na marra,
enlaçar o cara.
E na escalada da noite foi subindo uma vontade.
Essa vontade não para!
Cheia de marra foi com tanta sede ao topo,
que o tomou foi um tapa na cara e…
GOSTOU!
Por acaso, descobri: vontade na conquista, é sadomasoquista!
E ninguém segura essa danada! Vontade quando dá, é vontade de matar!

Mas a louca calculista não contenta,
quer contar com o acaso, toda hora!
– Ô vontade se manca, com o caso não se conta!
Acaso não se guarda, nem aguarda.
Por acaso se encontra, sem procurar.

Com a faca e sem o queijo.
Acaso tem gosto de beijo,
na boca!
Deixa vontade louca!
E quando junta a fome com a vontade de comer…
Não adianta, vontade tanta,
não satisfaz.
Insaciável, sempre quer mais e mais e mais…

Mas acaso, nem cria caso.
Dizem que mora ao lado,
mas faz festa e não liga.
Acaso se esconde, não sei bem aonde.

E vontade que não é pouca, fica puta!
Se arruma veste roupa,
Fantasia com acaso
e diz que nem sem importa.

– Se acaso não lembra, nem ligo
Faço a festa e não convido!

Mas avisa o amigo,
que conta do agito, pro acaso
e traz um camarada,
que sempre arruma briga,
quando lhe derramam cerveja.

– Veja, o barraco.
Tá tudo quebrado.
Inteiro sobrou só um caco,
de acaso, que partiu…
Sem nem dizer tchau!

E vontade contrariada
Se descontrola perde a cabeça:

– Acaso coisa nenhuma!
Horas de espera para nada!
Nada acontece por acaso
Tudo depende da vontade.

É que acaso não complica com expectativa.
Por isso é tão gostoso!
Acaso se alimenta de tudo aquilo que não tenta
Dizem até que é um caso perdido
Quando você procura não acha
– Ah… vontade,  relaxa! Que acaso, acontece.

E como quem não quer nada
Ela abre a porta de casa
E diz que de acaso não se corre atrás.

– Faço eu o que me dá vontade,
Se pra ele tanto faz.
Acaso se quiser, pode entrar
Eu estou pronta, não precisa nem bater!

 

No entanto, vontade que não é santa,
e que não adianta, não deixa de querer…
Vai dar em outro canto.
Porque sabe, que acaso, sempre vai acontecer.

Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

 

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

 

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

 

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por

ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

isto é, estar por ela ou ser por ela.

 

Por isso, melhor se guarda o vôo de um  pássaro

Do que de um pássaro sem vôos.

 

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo:

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarda um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar-se o que se quer guardar.

Antonio Cícero

O que nós vemos

O que nós vemos das cousas são as cousas.

Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?

Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos

Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver,

Saber ver sem estar a pensar,

Saber ver quando se vê,

E nem pensar quando se vê

Nem ver quando se pensa.

Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),

Isso exige um estudo profundo,

Uma aprendizagem de desaprender

E uma seqüestração na liberdade daquele convento

De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas

E as flores as penitentes convictas de um só dia,

Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas

Nem as flores senão flores.

Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

O meu olhar

O meu olhar

O meu olhar é nítido como um girassol,

Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de vez em quando olhando para trás…

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem…

Sei ter o pasmo comigo

Que tem uma criança, se ao nascer,

Reparasse que nasceras deveras…

Sinto-me nascido a cada momento

Para a eterna novidade do Mundo

Creio no mundo como um malmequer

Porque o vejo, mas não penso nele

Porque pensar é não compreender…

O mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia, tenho sentidos…

Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama.

Nem sabe porque ama, nem o que é amar…

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar.

Fernando Pessoa ( Alberto Caeiro)