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Birds on the Wires

Birds on the Wires

(Necessário estar utilizando banda larga!)

“Música criada a partir de uma foto de pássaros pousados nos fios elétricos, que lembrava uma pauta musical”LIndo !! Perceba a sonoridade, os músicos, os instrumentos, a poesia existente na música ! Que é vida !

Eros e Psique

“Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
Do além do muro da estrada.

 

 

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino –
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.

E,inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão , e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.”

Fernando Pessoa

Singularidade o Alumbramento

Abriu-se um espaço no tempo
abriu-se um tempo no espaço
deu-se um silêncio no vento
deu-se inequívoco passo

O espaço de tempo que é tempo
bem antes de se espaço
expandiu um ponto lento
pulsando tornou-se “eu faço”

e fez-se o universo imenso
e fez-se o calor do abraço

Eduardo Tornaghi

Sankhara

Sankhara

Sankhara ( Pali ; Devanagari : सङ्खार) ou samskara ( sânscrito ; Devanagari: संस्कार) é um termo figurar com destaque no ensino do Buda . A palavra significa “aquilo que tem sido posta em conjunto” e “o que coloca juntos”.

No primeiro sentido (passiva), sankhara refere-se a fenômenos condicionados em geral, mas especificamente a todas as “disposições” mentais. [1] Estes são chamados de “as formações ‘tanto porque eles são formados como resultado da vontade e porque são causas para a surgimento de futuras ações volitivas. [2] traduções em inglês para Sankhara no primeiro sentido da palavra incluir “as coisas condicionadas, ‘ [3] ‘determinações,’ [4] “fabricações” [5] e “formações” (ou, particularmente quando se refere a processos mentais ‘, as formações “). [6]

Na segunda (ativo) sentido da palavra, Sankhara se refere a essa faculdade do aparelho mente / cérebro ( sankhara-khandha ), que reúne essas formações. [7]

Limite

Limite

Havia esta placa em  alguns caminhos na área do templo, para limitar onde poderíamos ou não passar. Achei interessante e fiz pra mim uma metáfora com a vida:

” Precisamos saber os nossos limites e estabelecer limites !!”

Samadhi

Samadhi

É a disciplina mental necessária para desenvolver o domínio sobre a própria mente. Isso é feito através de práticas. Engloba:

  1. vyāyāma vyāyāma (vāyāma): fazer um esforço para melhorar;
  2. smṛti (sati): ver as coisas como elas estão com a consciência clara da realidade presente dentro de si mesmo, sem desejo ou aversão;
  3. samādhi (samādhi): meditar ou concentrar-se de maneira correta.
Sila

Sila

  1. Eu tomo o preceito de abster-me de matar seres vivos.
  2. Eu tomo o preceito de abster-me de tomar o que não for dado.
  3. Eu tomo o preceito de abster-me de comportamento sexual impróprio.
  4. Eu tomo o preceito de abster-me da linguagem incorreta.
  5. Eu tomo o preceito de abster-me do vinho, álcool e outros embriagantes que causam a negligência.
Pañña  ou Prajna

Pañña ou Prajna

Sabedoria
(Sânscrito: prajna,
Pāli: paññā)
1. Visão correta samyag dṛṣṭi,
sammā ditthi
Enxergar a realidade como ela é, não como ela parece ser
2. Intenção correta samyag saṃkalpa,
sammā sankappa
Intenção de renúncia, libertação e inofensividade

 

Anicca

Anicca

Anicca (traduzido do páli, “impermanência”. Lê-se /anit-txá/.1 ) é um dos conceitos essenciais para a descrição do universo segundo o budismo ler mais…

Curso de Vipassana

Curso de Vipassana

Curso de Meditação Vipassana que fiz em Miguel Pereira em Fevereiro de 2015
Para saber mais sobre a meditação Vipassana, acesse o site do Dhamma Santi

Músicas-Lembranças… de uma Paixão!

Músicas-Lembranças… de uma Paixão!

Recebi um comentário em um dos posts publicados falando de lembrança… de uma paixão! Essa é uma das magias da música, trazer a nossa memória, um tempo vivido e não esquecido, lembrança plantada no jardim do coração! Paixão tem muitas definições, associações, e escolho por agora a que se traduz em Arrebatar-se = Encantar-se… e a pergunta que me vem é: Qual a trilha sonora de um Momento Encantado? 

E então músicas-lembranças  me chegaram como brisas suaves e frescas e me fizeram de novo sorrir…em uma vida ainda em construção, com trilhas sonoras inacabadas, é muito bom poder reviver…Grata a você Música por isso!!  (Marta Mendonça)

Compartilho algumas dessas músicas-lembranças!!

Commodores – Easy

Commodores – Three Times a Lady

Barry White – Just the way you are

Michael Jackson – One Day In your Life

 

 

 

 

Compondo a Trilha Sonora da nossa Vida!

Compondo a Trilha Sonora da nossa Vida!

A Música quando toca nossa alma nos da cor, vida e mais amor, permanece em nós, em nossa memória, na epiderme da alma…Em nossa escuta cotidiana ao longo de nossa vida muitas músicas com seus sons, ritmos, melodias e harmonias nos tocaram, fomos felizes ou não com elas, mas com certeza fomos vivos e vibrantes! Uma das delícias de Dançar a Vida com Música é que ela é pra sempre, e estará sempre em nós e sempre será nossa parceira! Passado-Presente-Futuro não importa o tempo do verbo, ela estará sempre compondo a trilha sonora da nossa vida! E toda vez que as escutarmos e nossa alma vibrar teremos a certeza como diria o grande poeta Fernando Pessoa : “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”… Neste Post começo a compor e a compartilhar a trilha sonora da minha vida!

E quem vem primeiro a minha alma, é o maravilhoso e inigualável Emílio Santiago, dono de uma voz linda, um grave de fazer a alma tremer, um tom d’alma querer amar, uma melodia na voz que traz sorriso nos lábios, uma interpretação que faz transcender e transver o mundo! Comecei a Dançar minha Vida ao som das Aquarelas Brasileiras, os Boleros, Samba-Canção, Sambas, tudo se transformava em magia e belo na sua voz!! Compartilho algumas dessas pérolas de interpretação e luz ! Saudades Sempre grande Emílio Santiago!! ( Marta Mendonça )

Emílio Santiago – Flamboyant

Emílio Santiago – Misty

Emílio Santiago – Solamente una vez

Emílio Santiago – Verdade Chinesa

Emílio Santiago – Saigon

O estranho caso da vontade com o acaso

Dona da vontade tinha tudo planejado,
em seu estilo alpinista,
queria conquistar o acaso na marra,
enlaçar o cara.
E na escalada da noite foi subindo uma vontade.
Essa vontade não para!
Cheia de marra foi com tanta sede ao topo,
que o tomou foi um tapa na cara e…
GOSTOU!
Por acaso, descobri: vontade na conquista, é sadomasoquista!
E ninguém segura essa danada! Vontade quando dá, é vontade de matar!

Mas a louca calculista não contenta,
quer contar com o acaso, toda hora!
– Ô vontade se manca, com o caso não se conta!
Acaso não se guarda, nem aguarda.
Por acaso se encontra, sem procurar.

Com a faca e sem o queijo.
Acaso tem gosto de beijo,
na boca!
Deixa vontade louca!
E quando junta a fome com a vontade de comer…
Não adianta, vontade tanta,
não satisfaz.
Insaciável, sempre quer mais e mais e mais…

Mas acaso, nem cria caso.
Dizem que mora ao lado,
mas faz festa e não liga.
Acaso se esconde, não sei bem aonde.

E vontade que não é pouca, fica puta!
Se arruma veste roupa,
Fantasia com acaso
e diz que nem sem importa.

– Se acaso não lembra, nem ligo
Faço a festa e não convido!

Mas avisa o amigo,
que conta do agito, pro acaso
e traz um camarada,
que sempre arruma briga,
quando lhe derramam cerveja.

– Veja, o barraco.
Tá tudo quebrado.
Inteiro sobrou só um caco,
de acaso, que partiu…
Sem nem dizer tchau!

E vontade contrariada
Se descontrola perde a cabeça:

– Acaso coisa nenhuma!
Horas de espera para nada!
Nada acontece por acaso
Tudo depende da vontade.

É que acaso não complica com expectativa.
Por isso é tão gostoso!
Acaso se alimenta de tudo aquilo que não tenta
Dizem até que é um caso perdido
Quando você procura não acha
– Ah… vontade,  relaxa! Que acaso, acontece.

E como quem não quer nada
Ela abre a porta de casa
E diz que de acaso não se corre atrás.

– Faço eu o que me dá vontade,
Se pra ele tanto faz.
Acaso se quiser, pode entrar
Eu estou pronta, não precisa nem bater!

 

No entanto, vontade que não é santa,
e que não adianta, não deixa de querer…
Vai dar em outro canto.
Porque sabe, que acaso, sempre vai acontecer.

Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

 

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

 

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

 

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por

ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

isto é, estar por ela ou ser por ela.

 

Por isso, melhor se guarda o vôo de um  pássaro

Do que de um pássaro sem vôos.

 

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo:

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarda um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar-se o que se quer guardar.

Antonio Cícero

O que nós vemos

O que nós vemos das cousas são as cousas.

Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?

Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos

Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver,

Saber ver sem estar a pensar,

Saber ver quando se vê,

E nem pensar quando se vê

Nem ver quando se pensa.

Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),

Isso exige um estudo profundo,

Uma aprendizagem de desaprender

E uma seqüestração na liberdade daquele convento

De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas

E as flores as penitentes convictas de um só dia,

Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas

Nem as flores senão flores.

Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

O meu olhar

O meu olhar

O meu olhar é nítido como um girassol,

Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de vez em quando olhando para trás…

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

E eu sei dar por isso muito bem…

Sei ter o pasmo comigo

Que tem uma criança, se ao nascer,

Reparasse que nasceras deveras…

Sinto-me nascido a cada momento

Para a eterna novidade do Mundo

Creio no mundo como um malmequer

Porque o vejo, mas não penso nele

Porque pensar é não compreender…

O mundo não se fez para pensarmos nele

(Pensar é estar doente dos olhos)

Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia, tenho sentidos…

Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama.

Nem sabe porque ama, nem o que é amar…

Amar é a eterna inocência,

E a única inocência é não pensar.

Fernando Pessoa ( Alberto Caeiro)

Qual a Trilha Sonora da sua Vida?

Qual a Trilha Sonora da sua Vida?

A música com certeza abre as janelas da alma! Desperta nossa essência, nossa sensibilidade ao detalhe, ao sutil.  Muda nosso olhar! Com a música as emoções vem à tona, quando ouvimos determinadas músicas que nos tocam sentimos um leve arrepio bom, energia que flui que invade e reaviva. Reaviva alegrias, tristezas, saudades, esperanças…nos conecta ou  reconecta com algo ou alguém que está em nossas lembranças no passado ou em nós no presente, ou até mesmo sendo atemporal a música pode também nos conectar com o futuro, com o recomeço, com o sonho, com ser brinquedo e brincadeira, e isso é maravilhoso, isso é dançar a vida com música! É como se com a música nossa vida se transformasse em um filme! Em cada cena, que pode ter a duração de anos, meses,dias,horas,minutos,segundos ou uma sensação de parar no tempo e o tempo, a música se transforma em uma trilha sonora, que inspira…que testemunha…que desperta… Músicas que formando essa trilha sonora de vida aquece nossa alma, umedece nossos olhos, nos faz sorrir, compartilhar emoções, diminuir nossa solidão e tristeza, amenizar nossos sofrimentos, trazer a esperança, e as inspirações para solucionar nossos desafios cotidianos.É como se a música na partitura da nossa vida preenchesse as pausas com cor, vida e mais amor!! Então, qual a trilha sonora da sua vida? Quais as músicas que com seus sons, ritmos, melodias e harmonias são você?

Não importa qual o tipo de música!

Nossa trilha sonora pode ter  possibilidades infinitas…do romântico, ao rock, ao bolero, samba, “mas caliente” como a salsa, o tango, anos 50,60,70,80,90 ou atual, o importante é compor nossa trilha sonora. Que tal começar uma escuta? Qual música e quais estilos você gosta? Com quais se identifica? O importante é deixar a música fazer parte da nossa vida, e que nossa trilha sonora nos inspire a sermos cada vez mais felizes!!

( Marta Mendonça )

 

Elton John – Skyline Pigeon

Dance a Vida com Música

Dance a Vida com Música

A música é como um Jardim Florido em plena Primavera…repleto de matizes e texturas que a seu tempo e na diversidade de ritmos desperta e encanta a Alma…Revive…Reaviva…Recria…e nos convida a Dançar a Vida  e Ser Feliz!! Quem não quer ser feliz?  Quem não quer o sorriso espontâneo nos lábios ao ouvir um som que toca nossa emoção? Quem não quer ser preenchido da energia de  amor e alegria ao escutar uma canção? A música poder ser nossa companheira quando nos sentimos solitários, cúmplice quando estamos em harmonia com outro coração, inspiração para encontros e momentos de vida que podem ser  inesquecíveis… Dançar a Vida com Musicas  é semear  no campo fértil da nossa alma o Leve, o Bom, o Bem!! Aceite este convite da Vida…Dance a Vida com Músicas e seja mais feliz!! ( Marta Mendonça )

Aula Inaugural

É verdade que na Ilíada não havia tantos heróis
[como na guerra do Paraguai…
Mas eram bem falantes
E todos os seus gestos eram ritmados como num
[balé
Pela cadência dos metros homéricos.
Fora do ritmo, só há danação.
Fora da poesia não há salvação.
A poesia é dança e a dança é alegria.
Dança, pois, teu desespero, dança.
Tua miséria, teus arrebatamentos,
Teus júbilos
E,
Mesmo que temas imensamente a Deus,
Dança como David diante da Arca da Aliança;
Mesmo que temas imensamente a morte,
Dança diante da tua cova.
Tece coroas de rimas…
Enquanto o poema não termina
A rima é como uma esperança
Que eternamente se renova.
A canção, a simples canção, é uma luz dentro da
[noite
(Sabem todas as almas perdidas…)
O solene canto é um archote nas trevas.
(Sabem todas as almas perdidas…)
Dança, encantado dominador de monstros,
Tirano das esfinges,
Dança, Poeta,
E sob o aéreo, o implacável, o irresistível ritmo de
[teus pés,
Deixa rugir o Caos atônito…

Mário Quintana

Canção da Primavera

Primavera cruza o rio
Cruza o sonho que tu sonhas.
Na cidade adormecida
Primavera vem chegando.

Catavento enlouqueceu,
Ficou girando, girando.
Em torno do catavento
Dancemos todos em bando.

Dancemos todos, dancemos,
Amadas, Mortos, Amigos,
Dancemos todos até
Não mais saber-se o motivo…

Até que as paineiras tenham
Por sobre os muros florido!

Mário Quintana

Louvada seja a Dança

Louvada seja a dança
Que libera o homem
Do peso das coisas materiais
E une os solitários
Para formar sociedade.

Louvada seja a dança,
Que exige tudo e fortalece
A saúde, uma mente serena
E uma alma encantada.

A dança significa transformar
O espaço, o tempo e o homem,
Que sempre corre perigo,
De se perder ou ser somente cérebro,
Ou só vontade ou só sentimento.

A dança porém exige
O ser humano inteiro,
Ancorado no seu centro
E não conhece a vontade
De dominar gente e coisas
E que não serve a obsessão
De estar perdido no seu próprio ego.

A dança exige o homem livre e aberto,
Vibrando na harmonia de todas as forças

Ó homem, ó mulher, aprenda a dançar se não os anjos no céu
Não saberão o que fazer contigo!”

Santo Agostinho

Dançar a Vida

Não me venham com príncipes, reis ou rainhas,

monarquia é um conto de fadas para criancinhas

e um novo homem velho se lança inteiro

desde um terceiro mundo primeiro

Nietzsche o descreveu, com letras dançantes,

Nijinsky o dançou, com gestos pensantes

e, como eles, muitos enlouqueceram sucumbidos

a custa de trilhar este caminho

que ele percorre com alegria e determinação

transformando, sem pedir perdão,

palácios com cisnes dourados

em comunidades com borboletas anárquicas,

neuróticas Giseles mumificadas

em radiantes Isadoras apaixonadas,

o vasto passado num presente menos trágico

e o futuro… quem sabe?
talvez “Dançar a vida”;

viver a Dança, Música e Poesia

buscando na arte ampliar a consciência,

transformando o “sexo, drogas e rock and roll”

em Amor, Trabalho e Sabedoria.

Moa Castilho

Ter um Sonho!!

Muitas vezes nos sentimos desanimados,
sentimos um vazio…
É nesse momento que precisamos lembrar da nossa essência
pura de criança, da energia do lúdico e SONHAR!!
Alimentar nossa alma de um Sonho…
Ter um sonho!
Não uma meta que muitas vezes pode trazer o tom de obrigação,
de compromisso.
Mas um Sonho!!!
Que traz a criatividade,a esperança, a energia boa,viajar em nós,
o sorriso, a leveza, o encantado!
Seja qual seja o Sonho, um detalhe ou uma imensidão…
Então me pergunto:
– Hoje qual o meu sonho? E qual o seu?
Sonho não é utopia!! Usando o próprio dicionário: ” Sonho é idéia acalentada,
aspiração…Desejo intenso e vivo!
É desejo intenso e vivo!!!
Isso…a sua definição já me traz um sorriso, porque penso…como criança brincando…
O SER “SONHO”…JÁ PODE SER UM SONHO…

Marta Mendonça

A dança é uma Arte

(…) arte cuja tarefa, dizia Paul Klee, é “tornar visível o invisível”.

(…)

Entre a mímica e a dança existe a mesma diferença que entre o conceito ( que resume o que já existe ) e o mito (que excede o que existe para sugerir um possível ).

A dança não conta uma história. Ela não é uma duplicação da literatura, nem aquele jogo infantil em que a mímica permite adivinhar a palavra escolhida. Como o mito, a dança é um indicador de transcendência.

Uma pantomima naturalista de um mimo de talento pode tornar presente para nós a realidade de uma árvore: a força de seu enraizamento, o impulso de seus galhos, o rumor da folhagem e o sopro do vento. Diremos: é uma árvore, e admiraremos, como uma façanha de virtuose, a imitação literal do objeto.

Mas podemos conceber uma dança que nos desvende, através do tema da árvore, uma maneira de viver o mundo: o movimento graças ao qual as raízes não param de extrair forças do universo para projetar ao céu ramos e flores, fecundar infinitamente a terra e respirar o céu. A árvore já não é uma coisa, mas um ato. E a dança que ela inspira terá o sopro da dança de Shiva. Despertará, no centro noturno de nós próprios, uma significação mais total e mais plena da vida, que se dilata até os confins do mundo e que experimentaremos diretamente em nosso corpo, em sua feliz plenitude. Pela dança, o corpo deixa de ser uma coisa para tornar-se uma interrogação.

Talvez seja esse o sentido profundo daquilo que, em sua Poética, Aristóteles chamou de “mimese”, o ato de nos tornarmos semelhantes ao que nos é exterior e nos ultrapassa. O dançarino de Bali ou o ator dançarino do drama nô japonês, como o coreuta da tragédia grega, como o celebrante do culto do vodu ou o que está possuído pelo transe em uma dança africana ou hindu, todos imitam ou personificam uma força, um herói, um deus. Seria um contrasenso empobrecedor conceber esta “mimese” no sentido estreito, positivista e naturalista, de imitação. Ao contrário, a “mimese”,  implica que o homem experimente a existência, fora dele e ultrapassando-o, daquilo que deseja e para que tende. Como todas as suas forças retesadas, ele aspira a, rompendo seus próprios limites, ser-lhe semelhante e, na hora dourada do êxtase e da possessão, tem o sentimento de que se lhe identificou. Esquece-se de si próprio, ao participar da vida heróica ou divina da qual é o celebrante.

(…)

A “mimese” é o esforço empenhado em tornar-se semelhante àquilo para que se tende, a tentativa de confundir-se, diz Shelley, com “aquela perfeição ideal e aquela energia que cada um experimenta como o modelo interior de tudo o que ama, admira ou gostaria de tornar-se”.

A “mimese” é então “metéxis”, participação, tal como esta é vivida em sua forma mais elevada na inspiração poética ou na comunhão sacramental. Implica que, pelo ato de criação artística, de amor ou de fé, venhamos a transcender nossos próprios limites para ficarmos “fora de nós”.

A dança, como toda arte, é comunicação do êxtase. É uma pedagogia do entusiasmo, no sentido original da palavra: sentimento da presença de Deus e participação no ser de Deus.

(Dançar a Vida, pags. 23 e 24 )

Dance comigo…

“Eu lhe mandei meu convite,

a nota inscrita na palma da minha mão pela

chama da vida.

Não dê um salto gritando: “Sim, é isso que eu quero!

Vamos em frente!”

Apenas se levante em silêncio e dance comigo.”

Leia o texto completo…

Oriah Mountain Dreamer

Odara

Deixa eu dançar

pro meu corpo ficar Odara

Minha cara

Minha cuca ficar Odara

Deixa eu cantar

que é pro mundo ficar Odara

Pra ficar tudo jóia rara

Qualquer coisa que se sonhara

Canto e danço que dará

Caetano Veloso – Odara

Dançar a vida….

“O que aconteceria se, em vez de apenas construir nossa vida, nós nos entregássemos à loucura ou à sabedoria de dançá-la?”

Talvez esta seja, hoje, uma das mais importantes questões levantadas pela juventude em sua contestação das finalidades do mundo que lhe legamos.

Roger Garaudy / Dançar a Vida

O passo presente…

“Só se pode dançar bem quando se acompanha o ritmo da música, sem se demorar demais no passo anterior ou antecipar o seguinte, sempre se equilibrando no passo presente. É o equilíbrio perfeito no compasso que torna a dança natural, atemporal e eterna.

William Blake fala sobre isso em seu poema:

“Aquele que luta pela alegria

Destrói a vida de altos voos;

Mas aquele que beija a alegria que passa

Vive no alvorecer da Eternidade.”

Os bailarinos que dançam no compasso nunca destroem a “vida dos altos voos”, nem a sua nem a do parceiro.”

A dança não é ….

“A dança, não é, como se tende a acreditar, um conjunto de passos mais ou menos arbitrários que são o resultado de combinações mecânicas e que, embora possam ser úteis como exercícios técnicos, não poderiam ter a pretensão de constituirem uma arte: são meios e não um fim.”

Isadora Duncan / Dançar a Vida

Divina Comédia Humana

“Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não

Eu canto” – Belchior

Eu … Danço ! ( Wagner Luz)

Dancemos…

“Dancemos, dancemos ou estaremos perdidos.”

Estrela Dançante

“É preciso ter o caos em si mesmo para ser capaz de dar à luz uma estrela dançante.”

Friedrich Nietzsche

Há sempre um pouco de loucura no Amor…

“Há sempre um pouco de loucura no amor.
Mas há sempre um pouco de razão na loucura.

E, para mim também, para mim que estou destinado à vida, às borboletas e às bolhas de sabão, e tudo o que a elas se assemelham entre os homens, parece-me ser quem melhor conhece a felicidade.

Quando vejo esvoaçar essas almas pequenas, leves e maleáveis, graciosas e brincalhonas, Zaratustra tem vontade de chorar e de cantar.

Eu só poderia acreditar em um deus que soubesse dançar.

Aprendi a andar; desde então, deixo-me correr.

Aprendi a voar, desde então não preciso mais que me empurrem para mudar de lugar.

Agora sou leve, agora eu vôo… agora um deus dança em mim.

Assim falava Zaratustra(Friedrich Nietzsche)

O Mundo…

O mundo não é aquilo que eu penso,

mas aquilo que eu vivo;

eu estou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele,

mas não o possuo, ele é inesgotável.

Maurice Merleau-Ponty

A Educação…

A Educação se divide em duas partes:

educação das habilidades e educação das sensibilidades

Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.

Rubem Alves

Cegos de nós mesmos…

Estamos cegos de nós mesmos porque estamos treinados para ver-nos com olhos alheios.

Por eles o espelho nos devolve uma mancha confusa e nada mais que uma mancha.

 

Eduardo Galeano no livro Exercício do Olhar do poeta Tanussi Cardoso

Verdade num espelho…

Autor: Wilheim Reich

Você(…). Quer a verdade num espelho, onde você não possa alcançá-la e ela não possa alcançá-lo.

Criatividade…

“Nada abala mais o processo criativo que a crença ingênua segundo a qual, uma vez definida a visão, só resta “implementá-la”. De fato, passar do conecito à concretização é o cerne do ator de criar – que significa literalmente “trazer à existência”. E, como o trajeto do rio da fonte para o mar, esste ato é tudo, menos uma linha reta. Ao contrário, criar é uma espécie de dança da inspiração com a experimentação, como bem o ilustrou o psicólogo transpessoal Christopher Bache ao refletir sobre o que pode acontecer entre professor e alunos caso o professor possa verdadeiramente desprender-se de si mesmo e acompanhar o fluxo do que está emergindo.

Na sala de aula, há o momento em que um aluno faz uma pergunta ou você procura o exemplo adequado para comunicar um conceito difícil (…), [então] ocorre uma pausa em seu fluxo mental, uma suspensão da continuidade de seu pensamento. Momentos assim são preciosos pontos de mudança, oportunidades para a intuição transformar em um exercício vivo de improvisação aquilo que de outro modo seria uma aula previsível. Em tais momentos, “descobri uma portinhola no fundo de minha mente. Ela às vezes se entreabia e deixava passar tiras de papel preenchidas com sugestões – uma idéia, uma imagem. Concluí então que, se assumisse o risco de usar esse presente, algo de mágico aconteceria (…)

Quando a magia acontecia, as paredes que nos separavam vinhas abaixo temporariamente(…) [e] meus alunos e eu entrávamos em contato com níveis de criativiade para além de nossas capacidades separadas.

Livro Presença – Propósito Humano e o Campo do Futuro

A Elegância

Toulouse Lautrec

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talhares e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas ou até aos parentes e amigos. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer… É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição… Sobrenome, jóias e nariz empinando não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

É elegante a gentileza… Atitudes gentis falam mais que mil imagens… Abrir a porta para alguém… É muito elegante. Dar o lugar para alguém sentar… É muito elegante. Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma… Oferecer ajuda… É muito elegante. Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

Importante, muito importante: Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe, não é frescura.

A Seta e o Alvo

Composição: Paulinho Moska e Nilo Romero

Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.

Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: “Te amo!”
E você só acredita quando eu juro.

Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.

Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.

Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

Nosso medo mais profundo

Autor: Nelson Mandela

Nosso medo mais profundo

não é crer que somos inadequados.

Nosso medo mais profundo

é saber que somos poderosos além da conta.

É nossa luz,

não a nossa obscuridade o que mais nos assusta.

Quem sou eu

para me sentir brilhante, atraente, talentoso, poderoso ?

Mas na realidade,

quem é você para não sê-lo ?

Você é um menino de Deus.

Teu jogo

de ser insignificante não serve ao mundo.

Não tem nada de iluminação

em fazer-te menor com a finalidade de outras pessoas não se sentirem inseguras ao seu redor.

Todos podemos brilhar.

Tal como fazem os meninos.

Todos nascemos para manifestar a glória de Deus

que se encontra em nosso interior.

Esta glória não está dentro de alguns.

Está dentro de todos nós.

E quando permitimos que nossa própria luz brilhe,

inconscientemente damos oportunidade a outras pessoas de fazer o mesmo.

À medida que vamos liberando nossos medos,

nossa presença libera os outros automaticamente.

O Processo Criativo

Fique quieto e preste atenção. O silêncio pode curar. No silêncio, é como se seus nervos tivessem a oportunidade de se recolocarem em suas posições para observar, para prestar atenção, que é o que o artista deve fazer desde o início para ouvir a mensagem enviada pelo universo. Há sempre uma voz interna que nos guia e uma luz interna que nos ilumina. Há um espírito interno que se dirige diretamente a você, se você permitir, se prestar atenção.

Use a imaginação. A liberdade da imaginação é uma das coisas mais preciosas que a vida nos reserva. Quando uma pessoa criativa observa um fato, o fato é mais que ele mesmo. A construção de uma coisa bonita abre a crosta do mundo comum e algo maravilhoso brilha através da fenda. Você pode usar o milagre da imaginação para abrir mundos dentro de mundos. A arte é uma chave para abrir a alma universal.

Destrua a caixa. A visão criativa só pode emergir quando você está disposto ao desafio e se você puder rejeitar toda a expectativa externa sobre como deveria se comportar. Antes que você possa pensar em achar sua verdadeira voz, você tem que rejeitar caixas. As caixas na vida são clichês sobre como as pessoas devem se comportar e ocultam as possibilidades transcendentes do artista que está no âmago de cada um.

Fale com sua própria voz. Ouça a reação das pessoas, mas não as aceite como única verdade. Quando você descobre sua própria voz, uma luz surge em você. Quando você fala com sua própria voz você se torna, nem que seja por um só instante, o que veio ser na Terra. Aquele que vive sua arte ou sua missão criativa vive, de certa maneira, para sempre.

Identifique o desejo de seu coração. Para ser uma pessoa inteiramente realizada, é necessário ter um desejo no coração. Para descobrir o desejo do seu coração, você deve perceber que símbolos está levando para sua vida. Se você puder entender o que quer extrair da sua própria vida, poderá identificar o desejo de seu coração.

Coloque paixão em tudo que fizer. Se sentir a sombra da dúvida em qualquer coisa que esteja fazendo, é um sinal importante de que está no lugar errado. Sem paixão, qualquer coisa que esteja certa ou errada numa vida, não há sentido em ser mantida.

Seja disciplinado com seu dom. Não espere pela inspiração. A melhor coisa que uma pessoa com a criatividade bloqueada deve fazer é começar a trabalhar.

Preste atenção aos detalhes. Você nunca sabe quando o trivial vai se tornar importante. O que tem a ver com o trabalho é achar maneiras de melhorá-lo.

Seu único pagamento será a alegria. Quando você sente que o trabalho é autêntico, sua relação com ele é a coisa mais preciosa que pode ter. Você o faz porque tem que fazer, independente de remuneração ou críticas.

Erros fazem parte do rascunho. Ou você está cometendo erros ou está morto. Sua grandeza pessoal é irrelevante no processo criativo, apenas o próximo ato é relevante. Não fique cheio de uma expectativa de perfeição em relação a si mesmo. Se você se recusar a arriscar a própria capacidade de errar irá bloquear todo o processo criativo.

Ponha seu trabalho numa moldura. Assine e deixe que se vá. Uma obra de arte nunca está terminada, apenas abandonada.

Felicidade de Viver

Se você realmente

quer curtir a vida,

encare cada dia

como se fosse

o primeiro…

Descubra cada coisa

que seu olhar atingir,

encante-se com

o céu ao amanhacer…

Não perca sequer

um detalhe do

pôr-do-sol e

deleite-se na beleza

e simplicidade da Lua…

Só então você

encontrará a

felicidade de viver.

Homo Sapiens Homo Demens

Trata-se de um ser de uma afetividade imensa e instável,

Que sorri, ri, chora;

Um ser ansioso e angustiado;

Um ser gozador, embriagado, estático, violento, furioso, amante;

Um ser invadido pelo imaginário;

Um ser que conhece a morte e não pode acreditar nela;

Um ser que segrega o mito e a magia;

Um ser possuído pelos espíritos e pelos deuses;

Um ser que se alimenta de ilusões e de quimeras;

Um ser subjetivo cujas relações com o mundo objetivo são sempre incertas;

Um ser submetido ao erro, ao devaneio;

Um ser híbrido que produz a desordem.

E como chamamos loucura à conjunção da ilusão, do desconhecimento,

da instabilidade,

da incerteza entre o real e o imaginário,

da confusão entre o subjetivo e o objetivo,

do erro, da desordem,

somos obrigados a ver o Homo Sapiens

como Homo Demens.

Edgard Morin

VER e CONHECER

Da tradição grega clássica, advém a associação entre VER e CONHECER.

Para os Epicuristas, o mundo sensível era a fonte de todo conhecimento e nele o olhar mergulhava para apreender a única realidade verdadeira. Foi principalmente o Platonismo que levou a que se enxergasse o mundo sensível como a cópia mal-acaba de um mundo ideal, daí a necessidade de reaprender-se a ver, rever-se a realidade oculta por trás das aparências que se ofereciam ao olhar. Conhecer deixou de ser aquele mergulho no sensível, para tornar-se reflexão sobre o invisível, e o olhar se dirigiu, não para a luz que emanava das coisas, mas para a luz do universo ideal que se refletia sobre elas.

A história posterior da razão baseou-se nisto: o olhar via (conhecia), mas o pensamento via (connhecia) além.
Mas conhecer é também deixar de ver. Quando eu conheço algo, aproprio-me dele, trago-o para meu universo de referências e deixo de olhar para todas as particularidades que caracterizam aquele algo como único, singular. Meu olhar torna-se estagnado; olho para FATOS e imagino SOLUÇÕES para os PROBLEMAS que eles supõem. Não mais posso divisar todas as linhas trêmulas que percorrem o objeto a cada instante, não me abro às suas possibilidades, porque não há para mim perspectivas não vistas; o objeto é linear e dele me aproprio; não vejo um objeto que se mostra. Por isso é preferível OLHAR a CONHECER, ANALISAR, DISSECAR. Ou, com tão bem-disse Fernando Pessoa pela boca de Alberto Caeiro:

“(…)Vale mais a pena ver uma coisa sempre pela primeira vez que conhecê-la, porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez, e nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.(…)”   Alberto Caeiro

Comunicação Total

Existe um caminho a percorrer medido em tempo,
As distâncias não contam.
E, em vez de procurar viver instantes,
Os homens teimam em gastar as horas a devorar espaço.

Mas a distâncias são infinitas
E o tempo, reservado ao homem, limitado,
E aí reside o contra-senso da pressa.

É preciso aprender a sorver os minutos,
Degustá-los,
Entrar em sintonia com eles,
Vibrar em sua freqüência.

E há de fazer-se então
O milagre da comunicação total:
Comunicação plena com os mistérios do infinito,
Comunicação fácil com os companheiros de jornada.

E a pobre alma,
Até então sofrida
Pela quotidiana busca
De um bem-estar distante,

Descobrirá, de repente,
O próprio universo,
Em cada pequenino mundo
De um segundo.

Newton Tornaghi

Le Bouch

O ritmo é uma organização ou uma estruturação de fenômenos que se desenrolam no tempo.

Bode

O ritmo é o elemento essencial de tudo que vive. Desde que a vida tem caráter contínuo, o ritmo também é contínuo

Tagore

O mesmo fluxo de vida que corre por nossas veias, noite e dia, corre pelo mundo da dança em pulsações ritmadas

Platão

O ritmo é movimento ordenado.

Dalcroze

O ritmo é um princípio vital e é movimento.

Mas o que é que a Música tem? Tem, tem …

Mas o que é que a Música tem? Tem, tem …

“A música é a mais arcaica das artes, a mais profundamente enraizada em nós, porque começa quando ainda estamos no útero de nossas mães. Ela nos ajuda a organizar o mundo, embora não nos faça entendê-lo. É uma arte ( a arte é uma chave para abrir a alma universal).  pré-humana, criada antes do nascimento.

Todas as outras artes são posteriores à música e só aparecem quando os outros sentidos se desenvolvem e se plenificam. (…) ” . ( BOAL, Augusto. 2008)

“Alem disso, essa música que diz “Sim” mobiliza nos indivíduos todas as suas energias, transforma-os em seres capazes de afirmação, devolve-lhes o que deles foi confiscado por uma metafísica, uma moral, uma religião, uma cultura,uma política. Restitui-lhes o poder de inventar novas possibilidades de viver e de pensar: Já se deram conta, pergunta Nietzsche, que a música faz livre o espirito? dá asas ao pensamento?” ( Dias, Rosa Maria. 1994)

“A música que diz Sim ao mundo, não tem que significar nada, é somente comunhão imediata e inefável. Toca o corpo do ouvinte, aumenta-lhe a força, incita-o ao movimento, inflama-lhe o desejo, liberta-o, provoca nele o estado criador da arte: a embriaguez, que o impele também a criar, a inventar novas possibilidades de vida.” ( Dias, Rosa Maria. 1994)

“A música, por ser uma linguagem universal, entendida por todos, toca imediatamente o coração.” ( Dias, Rosa Maria. 1994)

“A Música é certamente o agente mais poderoso que existe para revelar ao homem todas as paixões que fervem nas entranhas obscuras de seu inconsciente.” ( Dalcroze, 1921)

“… a música está muito próxima de nós. Não resistamos a ela; nós a abandonamos à expressão ardente de nossa vida interior, cedamos as suas novas solicitações, entreguemos a ela sem reservas o ritmo de nosso corpo que ela quer transfigurar e mergulhar no espaço estético de sombras e luzes, de formas e cores, ordenadas e revigoradas por seu sopro criador….” ( Dalcroze, 1921)

Mas o que é que a Dança tem? Tem, tem …

Mas o que é que a Dança tem? Tem, tem …

… A dança, por esmerar-se na melhor percepção da postura corporal e do corpo em movimento no espaço-temporal e em relação aos outros, nos remete a uma visão positiva e reconhecida como importante para uma melhor consciência corporal e autoconceito, porque é “uma arteA arte é uma chave para abrir a alma universal. fundamental que envolve o indivíduo internamente através do seu corpo alcançando seu espírito e mente e favorece as relações interpessoais“. ( NANNI, Dionísia. 2003)

“A música me faz entrar em sintonia comigo mesma” ( declaração. NANNI, Dionísia. 2003 )

…. a dança, embalada pelo ritmo da música, libera o humor positivo desses atores sociais (…) como também desatando os laços de inibição … ( NANNI, Dionísia. 2003)

…. ao fazerem arte (dança), abrem uma janela à ação criadora que, em consonância com o lúdico, entra no jogo da subjetividade do indivíduo. ( NANNI, Dionísia. 2003)

“… a dança traduz o som em imagens, em movimento: tona o som visível, palpável. ( BOAL, Augusto. 2008)

” A dança é uma das raras atividades humanas em que o homem, se encontra totalmente engajado: corpo, espírito e coração. A dança é um esporte (só que completo).” (GARAUDY, Roger. Dançar a vida, 1980)

” A dança, como toda arte, é comunicação do êxtase. É uma pedagogia do entusiasmo, no sentido original da palavra: sentimento da presença de Deus e participação no ser de Deus.” (GARAUDY, Roger. Dançar a vida, 1980)

“…, todo ritmo a que ele ( o indivíduo humano ) adere leva-o a reviver um saber coletivo sobre o tempo, onde não há lugar para angústia, pois o que advém é a alegria transbordante da atividade, do movimento induzido.(SODRE, Muniz. Samba o dono do corpo, 1998)

“Cantar/cançar, entrar no ritmo, é como ouvir os batimentos do próprio coração – é sentir a vida … ” (SODRE, Muniz. Samba o dono do corpo, 1998)

Vídeos sobre o que a Dança pode nos proporcionar !
Estação de Trem 

 

Contagiante, fantástico!Isto aconteceu em Antuérpia, Bélgica, na estação de trem central, onde numa manhã de segunda-feira, sem advertência aos passageiros , a voz de Julie Andrews soou nos alto falantes da estação.

Repare nos olhares perplexos das pessoas que estavam ali naquele momento mágico.

Foram 200 dançarinos e apenas 2 ensaios, mas o resultado ficou surpreendente.

Aprecie! é muito lindo!

 

Tango

Tango

Sua origem encontra-se na área de Rio da Prata, na América do Sul, nas cidade de Buenos Aires e Montevidéu.

A música do tango não tem uma origem muito clara. De acordo com estudos que não dispõem de numerosa documentação, o tango descenderia da habanera ( habanera, ou havaneira em algumas traduções para o português, é um estilo musical criado em Havana, (Cuba) e se interpretava nos prostíbulos de Buenos Aires e Montevidéu. Depois, já nos anos 1910, como o sucesso em Paris foi aceito pela aristocracia platina.

O escritor e polemista argentino Jorge Luis Borges afirmou que por suas características o tango só poderia ter nascido em Montevidéu ou Buenos Aires. O bandoneón, que atualmente caracteriza o tango, chegou à região do Rio da Prata por volta do ano 1900, nas maletas de imigrantes alemães. Não existem muitas partituras da época, pois os músicos de tango não sabiam escrever a música e provavelmente interpretavam sobre a base de melodias já existentes, tanto de habaneras como de polcas.

O Tango mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste. Como dança é “duro”, masculino, sem meneios femininos, a mulher é sempre “submissa”. O ritmo é sincopado, tem um compasso binário ( 2/4 ). A síncope é de uma nota tocada no tempo fraco que se prolonga até um tempo forte, o que movimenta a música e desloca acentuação do ritmo.

Há diferentes tendências em seu estilo. O tango-canção, tango canyengue, o tango milonga, tango romanzae o tango jazz. Hoje em dia é possível até encontrar estilos como tango rock e electrotango, ou tango eletrônico (o electrotango pode ser conferido nos trabalhos dos grupos Bajofondo e Gotan Project).
( fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tango )

É normalmente dançado aos pares.

Zouk

Zouk significa festa. Originário do Caribe e cantado em sua maioria em crioulo ( ou créole em francês )- um dialeto franco/africano – o zouk é considerado o ritmo mais completo do Caribe.

Estilo de música caribenha que sempre teve grande influência na região norte do Brasil especialmente no Pará.

Este estilo tem forte presença em países que passaram pela colonização francesa como a Martinica e Guadalupe.

Estudos acreditam que a sua base rítmica seja oriunda da cultura árabe. Esta mesma base é encontrada em vários países como Espanha e Portugal, no mundo árabe, no continente africano e em praticamente toda a América.

Em uma das versões sobre o surgimento da música Zouk, afirma-se que sua criação visava divulgar a Martinica e ter, assim como a Salsa em Cuba, influência cultural em toda a América Latina.

O ritmo se espalhou pelo mundo, mas como a sua divulgação iniciou na França, muitos passaram a acreditar, em diversos lugares, inclusive no Brasil, que a música e a dança seriam francesas. Tanto que por algum tempo, quando a moda de dançar lambada estava em seu auge, o Zouk era chamado de Lambada Francesa.
( fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Zouk )

É normalmente dançado aos pares.

Salsa

Salsa

A Salsa é um ritmo musical muito alegre e envolvente!

Extremamente rico na sua constituição musical (melodicamente e ritmicamente), é uma mistura de influências dos ritmos Espanhóis, Africanos, dos povos da América Latina e também do Jazz Norte-Americano. Devido também às influências Africanas, a Salsa tem forte marcação dos tambores, da percussão em geral, o que torna o ritmo envolvente, sedutor e lúdico.

Assim como o Samba, permite que os parceiros dancem juntos,  como também com dinâmicas individuais, o que adiciona a dança um clima de diversão, descontração e permite assim que todos dancem!

A Salsa é composta por outros ritmos como: o Son (cubano), o Mambo, o Cha-cha-chá, o Merengue (dominicano), o Calipso, a Rumba (Guaguancó, Yambú e Columbia), a Cumbia (colombiana) , entre outros.

O termo Salsa surge fora de Cuba, em países como Porto Rico, Venezuela, Colômbia entre outros. ( ARTAXO, 2008, p. 42 ). A origem do termo salsa causa controvérsias. Há os que dizem que ela é uma metáfora que designa um tipo de mistura, como os molhos de cozinha, dos ingredientes de diferentes origens. Outros afirmam que tal terminologia deriva de um anúncio de um tempero que patrocinava os programas que difundiam este tipo de música. (ARTAXO, 2008, p. 42 ).

Forró

Forró

Este nome deriva de forrobodó, “divertimento pagodeiro”, segundo o folclorista Câmera Cascudo.

Forró não é um ritmo, é um baile popular, uma festa, onde se tocam ritmos diversos como baião, xote, xaxado, maracatu, embolada e coco. ( ARTAXO, 2008, p 43 ).
Originado do Nordeste Brasileiro, tem influências africanas e européias.

Iremos lidar com o Forró Pé de Serra (assim chamado atualmente na região Sudeste), ou seja, o Forró que é tocado originalmente por um trio de pessoas, composto basicamente de um Acordeon, um Triângulo e uma Zabumba.

Este Forró tem na sua composição outros ritmos: Baião, Xote, Xaxado, Coco, Vanerão e Quadrilhas.

É normalmente dançado aos pares.

Samba

Semba, ‘umbigada’, do umbundo temos então Samba, ‘estar animado, estar excitado’, ou do luba e outras línguas bantas, Samba, ‘pular, saltar com alegria. (Dicionário Aurélio)

É tocado com instrumentos de percussão e tem como base o violão ou o cavaquinho. As letras falam da vida urbana ou de amor.

A palavra samba, entre os quiocos, povo do Leste de Angola, significa “cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito”; entre os bancongos angolanos e congoleses, “dança em que um dançarino bate contra o peito do outro“. As duas formas têm a mesma origem do termo quimbundo di-semba, que quer dizer umbigada – coreografia na qual os participantes se tocam pela barriga. O gênero deriva de danças de roda africanas, como o lundu, e, sobretudo, do maxixe, o primeiro bailado brasileiro, criado por volta de 1875. Vindo da Bahia, seu erotismo escandaliza a aristocracia do Rio de Janeiro no final do século XIX.

Dependendo do tipo de Samba, é dançado aos pares ou individualmente.

Principais tipos de samba que existem:

Samba-enredo : Estilo criado no Rio de Janeiro nos anos 30 para os desfiles das escolas de samba. É a descrição do tema desenvolvido pela escola. Até a década de 60, tem letras longas que exaltam principalmente a história do país, seus personagens, o folclore e a literatura. A partir dos anos 70, os temas incluem crítica social e política e aspectos da cultura popular universal.

Samba-canção: Ritmo lento que destaca a melodia. Criado nos anos 20, possui letras românticas e sentimentais. Alcança sucesso com Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto (1889-1973).

Samba de partido alto: Uma das formas mais antigas de samba com formato fixo de canção. Era o estilo dos grandes mestres. As letras são improvisadas sobre temas do cotidiano. Renova sua força nos anos 40 nos morros cariocas e nas escolas de samba. Os compositores Moreira da Silva (1902-), Martinho da Vila (1938-) e Zeca Pagodinho estão entre seus principais nomes.

Pagode: Nascido em São Paulo, é vagamente ligado ao partido-alto – a melodia é fácil, linear e repetitiva, como o sambalada. É o chamado samba de fundo de quintal, comum também na Bahia e no Rio de Janeiro. Com letras românticas, usa instrumentos de percussão e teclado. Destacam-se os grupos Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra e Katinguelê.

Samba de breque: Ritmo sincopado com paradas súbitas chamadas breques, que permitem ao cantor encaixar comentários, geralmente humorísticos. Um dos mestres é Moreira da Silva (1902-).

Samba carnavalesco: Sambas compostos para dançar e cantar nos bailes de Carnaval.

Samba-choro: Aproveita o fraseado instrumental do choro, com a voz substituindo a flauta. Surge em 1930.

Samba-exaltação: Possui melodia extensa e letra patriótica, com ênfase no arranjo orquestral. Um exemplo é Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.

Samba de gafieira: Modalidade sincopada e instrumental criada na década de 40 pelas orquestras de salão, feita para dançar.

Samba de quadra: Temas apresentados nas quadras de ensaio das escolas de samba, terreiros, encontro de sambistas, almoços, festas e aniversários.

Sambalada: Ritmo lento e comercial da década de 50 conhecido como balada. Corresponde ao típico pagode paulista dos anos 90.

Sambalanço: Nasce nos anos 50 nas boates cariocas e paulistas, com influência do jazz. Um dos expoentes é Jorge Ben. Evolui para uma mistura de bossa nova, maracatu, jongo e rhythm & blues, dando origem ao samba-rock.

( Fonte: http://br.geocities.com/vinicrashbr/artes/musica/samba.htm )

Swing (Soltinho)

Swing (Soltinho)

Nos Estados Unidos o swing surgiu de grupos negros dançando ao som de jazz no início dos anos vinte. As primeiras danças criadas foram o charleston e o lindy hop, essas deram origem a vários outros tipos de danças de swing americanos como o jitterbug, o balboa, o west coast swing, o east coast swing e o lindy hop que é dançado hoje. Existe uma versão brasileira semelhante ao swing chamada soltinho. ( fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dança_de_salão )

É dançado aos pares.

Bolero

Bolero

O bolero é o estilo musical adaptado da clássica balada às raízes afro-espanholas, que se desenvolveu em Cuba, Porto Rico, República Dominicana e México.

É dançado aos pares.

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  • BONFITTO, Matteo. O ator-compositor: as ações físicas como eixo: de Stanislávski a Barba. São Paulo : Perspectiva, 2002.
  • FO, Dario. Manual Mínimo do Ator . São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2004.
  • NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm.A Origem da Tragédia. 5ª ed. – São Paulo : Centauro, 2004.
  • OIDA, Yoshi. O Ator Invisível . São Paulo: Via Lettera, 2007
  • STANISLAVSKI, Constantin. A preparação do Ator. – 22ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

A dança com a vida!

Avanço / Recuo

Na maioria dos movimentos bases dos diversos estilos de dança populares a dois, fazemos um movimento de avanço e recuo, enquanto o cavalheiro avança, a dama recua e vice-versa. Assim também é o movimento da vida, as vezes avançamos e as vezes precisamos recuar, para depois podermos avançar. O recuo não significa algo negativo, pois é o avanço de uma outra energia do universo.

Conduzir / Ser conduzido

Na dança a dois existe um movimento muito interessante entre o casal, porém desafiador no seu processo, que é o movimento de conduzir / ser conduzido. Tanto a ação de conduzir quanto a ação de se deixar conduzir são desafiadoras. Explorar este processo é uma atividade muito interessante no ato de dançar. Assim também é a vida, hora podemos conduzir alguns acontecimentos e na sua grande maioria somos conduzidos, como parte de um movimento maior do universo. Identificar e aceitar estes dois movimentos é um desafio da vida.

Harmonia

Disposição bem ordenada entre as partes de um todo.

Acordo, conformidade.

Proporção, ordem, simetria.

Simetria:Correspondência, em grandeza, forma e posição relativa, de partes situadas em lados opostos de uma linha ou plano médio, ou, ainda, que se acham distribuídas em volta de um centro ou eixo. ( Definições do Aurélio )

A Dança é um movimento de harmonia, primeiramente com a música e, se dançada a dois, entre o casal.

A vida, é um movimento de harmonia com o Universo.

“Quando nos sentimos em harmonia, estamos dançando.” Al Chung-liang Huang – Expansão e Recolhimento

Sites sobre Dança

Site Assunto
www.danceadois.com.br
Site que contêm informações sobre a dança de salão, agendas, eventos, etc…
http://www.luciavillar.com.br Bibliografia da Dança no Brasil. Informações sobre a dança de uma forma geral, além de um banco de dados sobre vários artigos / livros que se referem à dança.
http://swingetc.blogspot.com Blog criado pela dançarina Adriana Aguiar que traz excelentes informações / comentários / vídeos sobre o estilo de dança Swing e outros estilos afins.
http://riosalsaeventos.blogspot.com/ Blog sobre eventos de Salsa no Rio de Janeiro.
http://www.riotango.com.br/ Site sobre Tango

Salsa Libre

A proposta é criarmos um momento no baile / festa ou uma prática de um grupo, onde todos possam dançar, com a possibilidade de dançar com todos, se divirtam, que aconteça uma interação lúdica!!

POR QUE A SALSA?

Por ser um ritmo lúdico e corporal
Já tem a possibilidade na sua dinâmica de dançarmos soltos, devido a influência da Rumba, onde os dançarinos dançam um para o outro mas sem terem uma pegada (mãos dos pares segurando uma na outra)
Por ser um estilo que sugere improvisações, brincadeiras (shines), um jogo de improvisações

A PROPOSTA (NO CASO DE BAILES)
No meio do baile, convidarmos todos para o Salão para dançarmos soltos, com liberdade, com a possibilidade de dançarmos com todos!
Vamos trocando de parceiros à medida que quisermos!
A única restrição é não haver pegada, ou seja, mãos dos pares segurando uma na outra!

Dinâmica :

Mostrar por 5 minutos ( para que não aja muita interrupção no baile/festa) os movimentos básicos da Salsa:
Base do Son Montuno
Base da Enchufla
Diminuir a Base do Son ( pisadas pequenas ) e então propor caminharmos pra frente e pra trás, para depois podermos caminhar e trocar de parceiros!

** Com o estabelecimento da dinâmica da Salsa Libre no baile/festa, a cada encontro apresentar uma nova brincadeira / shine ! O que com o tempo acabará acontecendo entre os próprios participantes!

Colocar 1 Salsa ( +/- 4’ ), alegre e não muito rápida (comecei usando Fiesta en El Bronx – Wayne Gorbea) para dançarmos livremente !

OBS. No caso de uma prática de um grupo, temos a facilidade do grupo não precisar ser formado por casais, já que é uma prática individual, mesmo que a procura seja brincar com o outro, porém por ser uma dinâmica solta (libre), não há tanta exigência do gênero.

Um Deus que Dança!

Um Deus que Dança!

Há sempre um pouco de loucura no amor, mas há sempre um pouco de razão na loucura.
E para mim também, para mim que estou destinado à vida, as borboletas e as bolhas de sabão, e tudo o que a elas se assemelha entre os homens, parecem-me ser quem melhor conhece a felicidade.
Quando vejo esvoaçar essas almas pequenas, leves e maleáveis, graciosas e brincalhonas, Zaratustra tem vontade de chorar e de cantar.
Eu só poderia acreditar em um deus que soubesse dançar.

Aprendi a andar; desde então deixo-me correr.
Aprendi a voar, desde então não preciso mais que me empurrem para mudar de lugar.
Agora sou leve, agora eu vôo… agora um deus dança em mim.

Texto extraído do livro: Assim Falava Zaratustra – Nietzsche