Semba, ‘umbigada’, do umbundo temos então Samba, ‘estar animado, estar excitado’, ou do luba e outras línguas bantas, Samba, ‘pular, saltar com alegria. (Dicionário Aurélio)
É tocado com instrumentos de percussão e tem como base o violão ou o cavaquinho. As letras falam da vida urbana ou de amor.
A palavra samba, entre os quiocos, povo do Leste de Angola, significa “cabriolar, brincar, divertir-se como cabrito”; entre os bancongos angolanos e congoleses, “dança em que um dançarino bate contra o peito do outro“. As duas formas têm a mesma origem do termo quimbundo di-semba, que quer dizer umbigada – coreografia na qual os participantes se tocam pela barriga. O gênero deriva de danças de roda africanas, como o lundu, e, sobretudo, do maxixe, o primeiro bailado brasileiro, criado por volta de 1875. Vindo da Bahia, seu erotismo escandaliza a aristocracia do Rio de Janeiro no final do século XIX.
Dependendo do tipo de Samba, é dançado aos pares ou individualmente.
Principais tipos de samba que existem:
Samba-enredo : Estilo criado no Rio de Janeiro nos anos 30 para os desfiles das escolas de samba. É a descrição do tema desenvolvido pela escola. Até a década de 60, tem letras longas que exaltam principalmente a história do país, seus personagens, o folclore e a literatura. A partir dos anos 70, os temas incluem crítica social e política e aspectos da cultura popular universal.
Samba-canção: Ritmo lento que destaca a melodia. Criado nos anos 20, possui letras românticas e sentimentais. Alcança sucesso com Ai, Ioiô (1929), de Luís Peixoto (1889-1973).
Samba de partido alto: Uma das formas mais antigas de samba com formato fixo de canção. Era o estilo dos grandes mestres. As letras são improvisadas sobre temas do cotidiano. Renova sua força nos anos 40 nos morros cariocas e nas escolas de samba. Os compositores Moreira da Silva (1902-), Martinho da Vila (1938-) e Zeca Pagodinho estão entre seus principais nomes.
Pagode: Nascido em São Paulo, é vagamente ligado ao partido-alto – a melodia é fácil, linear e repetitiva, como o sambalada. É o chamado samba de fundo de quintal, comum também na Bahia e no Rio de Janeiro. Com letras românticas, usa instrumentos de percussão e teclado. Destacam-se os grupos Fundo de Quintal, Negritude Jr., Só Pra Contrariar, Raça Negra e Katinguelê.
Samba de breque: Ritmo sincopado com paradas súbitas chamadas breques, que permitem ao cantor encaixar comentários, geralmente humorísticos. Um dos mestres é Moreira da Silva (1902-).
Samba carnavalesco: Sambas compostos para dançar e cantar nos bailes de Carnaval.
Samba-choro: Aproveita o fraseado instrumental do choro, com a voz substituindo a flauta. Surge em 1930.
Samba-exaltação: Possui melodia extensa e letra patriótica, com ênfase no arranjo orquestral. Um exemplo é Aquarela do Brasil, de Ary Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves.
Samba de gafieira: Modalidade sincopada e instrumental criada na década de 40 pelas orquestras de salão, feita para dançar.
Samba de quadra: Temas apresentados nas quadras de ensaio das escolas de samba, terreiros, encontro de sambistas, almoços, festas e aniversários.
Sambalada: Ritmo lento e comercial da década de 50 conhecido como balada. Corresponde ao típico pagode paulista dos anos 90.
Sambalanço: Nasce nos anos 50 nas boates cariocas e paulistas, com influência do jazz. Um dos expoentes é Jorge Ben. Evolui para uma mistura de bossa nova, maracatu, jongo e rhythm & blues, dando origem ao samba-rock.
( Fonte: http://br.geocities.com/vinicrashbr/artes/musica/samba.htm )